Em homenagem ao povo de Alcongosta, ao seu lavor e génio artesão, apresenta-se a matéria-prima da cestaria — o castanho — em dois estados: ora como varas refogadas, ora transformada em cestas e cestos que, através da sua composição cromática e da sua disposição formal, explora o desenho da luz e da penumbra num exercício de reinterpretação e ressignificação objectuais.

  

  

  

  

Atendendo ao intrincado quadro produtivo e oficinal do ponto de vista social e económico de Alcongosta, evoca-se a cereja não só a partir das caixas para a sua recolha, cujo emparelhamento organiza o espaço enquanto percurso e lugar de contemplação, mas também pelo vão que se abre à paisagem — um vale sulcado de cerejais rematado com o Fundão e o rendilhado da Estrela. De fora, o conjunto construído desta instalação procura corresponder à escala do edificado, ocupando e dotando o espaço público de Alcongosta com uma novidade composta pela familiar matéria-prima.

  

  

  

  

  

  

  

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